O Dia Nacional da Consciência Negra foi criado em 2003 e é celebrado, desde então, no dia 20 de novembro, um dia de mobilização em combate ao racismo tão presente no país.
Algumas expressões que utilizamos no dia a dia, como “Crioulo”, “Dia de branco” ou “Meia tigela” expressam o quanto o racismo dentro da sociedade é estrutural, essas falam possuem uma origem racista mas mesmo assim tiveram o uso naturalizado com o passar do tempo. Veja a origem desses termos e porquê devemos excluir de nossas falas!
• “Crioulo”: Era o filho de pessoas escravizadas, um termo que discrimina a pessoa negra;
• “Dia de branco”: a expressão soa como superiorização da pessoa branca, pois esta é associada ao dia “útil”;
• “Meia tigela”: Negros que eram obrigados a trabalhar a força em minas, quando não alcançavam a meta estabelecida, recebiam apenas metade da tijela de comida;
• “Criado-mudo”: o móvel que normalmente fica ao lado da cama, no passado era um papel desempenhado por escravos, que ficavam ao lado da cama de seus senhores segurando seus pertences. O “criado” não poderia fazer nenhum barulho para não atrapalhar os moradores;
• “Feito nas coxas”: Telhas de argila eram moldadas nas coxas dos escravos, dando origem a expressão;
• “Cor do pecado”: Reproduz a hipersexualização da mulher negra;
• “Inveja branca”: expressão que liga o negro ao comportamento negativo, quando a inveja é associada a cor branca, é algo positivo e suave;
• “Preto de alma branca”: Mais uma expressão que associa a dignidade apenas às pessoas brancas;
• “Chuta que é macumba”: Discriminação de religiões de matriz africana;
• “Denegrir”: significa tornar negro, mais uma vez associando o negro a algo negativo.