A avaliação da associação é de que Bolsonaro busca um improviso para lidar com a alta dos preços, por causa do ano eleitoral e por receio de que isso comprometa sua campanha à reeleição, em vez de sinalizar com uma saída estrutural para a questão dos combustíveis.
Na segunda, Bolsonaro propôs compensar Estados e municípios para zerar a alíquota do ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha até 31 de dezembro deste ano. A proposta inclui também a desoneração dos impostos federais sobre a gasolina e o etanol, que também seriam zerados, e valeria até o fim deste ano.
“Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar o dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa”, afirma a Abrava, que é presidida por Wallace Landim, conhecido como Chorão Caminhoneiro.
O governo não conseguiu convencer os caminhoneiros de que as medidas anunciadas para conter o preço dos combustíveis irão, de fato, resolver o problema. Após o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de segunda-feira, 6, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) declarou que “o governo tenta resolver um problema complexo com uma solução tabajara”.