Agronegócio: com R$ 68,3 bilhões, seguro rural atinge valor recorde em 2021

No ano passado, cerca de 121 mil produtores contrataram R$ 68,3 bilhões em seguro rural, um novo recorde, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (11) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Se estabelecer essa nova marca já foi interessante, mais ainda é constatar que houve um crescimento de quase 50% no valor em relação a 2020. É sinal de maior preocupação com a proteção das atividades no campo. Considerando todos os problemas climáticos enfrentados pelos agricultores em 2021, todo cuidado é pouco. A área segurada também pode parecer pouco, se comparada à estimativa de hectares destinados ao plantio de grãos.

As 218 mil apólices contratadas no ano passado cobriram 14 milhões de hectares, 2,4% a mais do que em 2020. Essa medida, que envolve agricultura e pecuária, também representa menos de 20% da área destinada ao plantio da nova safra de grãos, estimada pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab) em mais de 72 milhões de hectares. Ou seja, o que não falta é espaço para bater novos recordes em seguro rural. Nem peso. A Conab estima que a produção de grãos na atual temporada passe de 284,4 milhões de toneladas, volume 12,5% maior do que no período anterior.

O Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), criado pelo Mapa em 2006, apoia mais de 60 atividades. As que mais se destacaram no balanço do ano passado, em termos de aumento de contrações sobre 2020, foram a pecuária (mais que dobrou a quantidade de contratações), a produção florestal, a cafeicultura e o cultivo de milho. Essas duas últimas também aparecem entre as que apresentaram maior demanda por seguro, juntamente com soja, trigo, maçã, uva, arroz e tomate.

De maneira geral, agricultores e demais representantes das cadeias produtivas esperam que o clima não interfira tanto no desempenho das lavouras durante este ano. Ou que pelo menos o impacto seja para favorecer o desenvolvimento das plantações, e não para prejudicá-lo. Mas como os efeitos climáticos seguem sendo variáveis que o setor não controla, aquela história de que “o seguro morreu de velho” pode ter seu valor.

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